Cuidados Paliativos
Equipa
Coordenadora dos Cuidados Paliativos: Dr.ª Licínia Araújo
Enf.ª Gestora: Teresa Espírito Santo
Localização
Hospital Dr. João de Almada
Contactos
O que são e a quem se destinam?
Entende-se por cuidados paliativos, o "conjunto de cuidados ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, em internamento ou no domicílio, a doentes em situação de sofrimento decorrente de doença incurável ou grave, em fase avançada e progressiva, assim como às suas famílias, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, com base na identificação precoce e do tratamento rigoroso da dor e outros problemas físicos, mas também psicossociais e espirituais".
Lei de Bases dos Cuidados Paliativos n.º 52/2012, de 5 de setembro
Os Cuidados Paliativos são um serviço de acompanhamento, tratamento e supervisão clínica à pessoa com doença incurável.
Os objetivos principais centram-se na prevenção e no alívio do sofrimento do doente e família, para que possam alcançar a melhor qualidade de vida possível. Desenvolvem-se, assim, planos de intervenção específicos para cada situação através de uma abordagem global e interdisciplinar.
As doenças como cancro, doenças neurológicas degenerativas, SIDA, insuficiências de órgão (cardíaca, hepática, respiratória e renal) em estadio avançado e mesmo o envelhecimento natural nas fases mais tardias, quando deixam de ter possibilidade de tratamento com intenção curativa, continuam a necessitar de cuidados de saúde, adequados à fase da doença. Para além da doença, a intervenção nas diferentes necessidades, do doente e da família, visa reduzir o impacto da doença, tendo como foco o conforto e o alívio do sofrimento. Estas intervenções procuram respeitar as vontades e desejos do doente, nomeadamente, entre outros, o local preferencial de morte.
Rede de Cuidados Paliativos
O Decreto Legislativo Regional n.º 35/2012/M, de 12 de novembro, criou a Rede Regional de Cuidados Paliativos (RCP) da Região Autónoma da Madeira (RAM), estabelecendo as normas enquadradoras gerais do seu regime jurídico, de acordo com os princípios e normas estabelecidos pela Lei de Bases dos Cuidados Paliativos, aprovada pela Lei n.º 52/2012, de 5 de setembro.
Os cuidados paliativos (CP) na RAM estão organizados em rede, visando proporcionar, de uma forma adequada e equitativa, acessibilidade a estes cuidados, no domicílio e no hospital, a todos os cidadãos da RAM.
População-alvo
- Pessoas com 18 ou mais anos;
- Portadoras de patologia oncológica e não oncológica;
- Residentes na Região Autónoma da Madeira
Quem somos?
Uma única equipa, um único objetivo.
A equipa da RCP é constituída por assistentes operacionais, assistentes sociais, enfermeiros, farmacêutico, médicos, nutricionista e psicólogos.
Pretende-se com esta abordagem interdisciplinar proporcionar cuidados de saúde técnico-cientificamente rigorosos e humanizados, de acordo com a melhor evidência científica que contribuam para o conforto, dignidade e qualidade de vida dos doentes e seus familiares, em contexto de grande fragilidade física, psicológica, social e espiritual, nesta fase do fim da vida.
Organização
Porque a acessibilidade e a continuidade assistencial são fundamentais no acompanhamento destes doentes e seus familiares, os cuidados paliativos disponibilizam uma resposta nas seguintes tipologias:
- No domicílio:
- A Equipa disponibiliza de assistente social, enfermeiro, médico, e psicólogo, de 2ª a 6ª feira, em toda a ilha da Madeira de acordo com as necessidades dos doentes/familiares;
- Intervém activamente na gestão das necessidades avaliadas, como sejam: controlo de sintomas, apoio social, apoio psicológico e apoio espiritual. Intervém visando o desenvolvimento de competências, capacitando assim o doente e seus familiares para a melhor gestão do processo de doença e inclusive possibilitando a morte no domicílio.
- Equipa de Apoio Psicossocial – os profissionais desta equipa disponibilizam, ainda, apoio psicossocial, espiritual e acompanhamento no processo de luto em horário alargado: fim-de-semana e feriado das 9h00 às 18h00.
- No intra-hospitalar (H. Dr. Nélio Mendonça e H. Marmeleiros):
- Equipa constituída por assistente social (EAPS), médico e psicólogo (EAPS). O médico intervém em regime de consultoria, durante dois dias por semana.
- Equipa de Apoio Psicossocial – os profissionais desta equipa disponibilizam intervenção nas áreas do apoio psicossocial, espiritual e acompanhamento no processo de luto em horário alargado: todos os dias das 9h00 às 18h00, incluindo fim-de-semana e feriado.
- Na Unidade de Cuidados Paliativos (UCP):
- Equipa constituída por assistente operacional, assistente social, enfermeiro, farmacêutico, médico, nutricionista e psicólogo. Sempre que necessário profissionais de outras áreas são chamados a intervir, nomeadamente o apoio espiritual;
- O internamento da UCP dispõe de 11 camas e está localizado no Hospital Dr. João de Almada;
- Esta unidade destina-se a doentes com necessidades complexas e que requerem cuidados específicos prestados por profissionais especializados;
- O internamento é indispensável: ao bom controlo dos sintomas, a uma minuciosa avaliação das necessidades psicossociais, ao planeamento e organização do regresso ao domicílio, em condições de conforto e segurança. Após a alta a continuidade dos cuidados é assegurada pela equipa domiciliária. Este internamento também assegura, se necessário, resposta para os últimos dias/horas de vida, mediante avaliação clínica.
Referenciação
A referenciação aos cuidados paliativos pode ser efectuada através dos seguintes meios:
- Referenciação electrónica através das aplicações dedicadas para efeito nas Unidades de saúde do SESARAM, EPERAM;
- Contato telefónico directo para a sede dos cuidados paliativos no Hospital Dr. João de Almada (291 780 300).
Esta referenciação é da responsabilidade do médico assistente hospitalar, do médico de família e das equipas de saúde (cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares). Pode igualmente ser feita pelo próprio doente e sua família, de acordo com o definido no nº 3 da Base XX da Lei 52/2012, de 5 de Setembro - Lei de Bases dos Cuidados Paliativos.
A Equipa de Cuidados Paliativos cumpre os critérios que a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos enumera, nas suas recomendações, para a organização de serviços de Cuidados Paliativos, pelo que é reconhecida pela mesma.
Melhoria Contínua
Sugestões, reclamações e elogios
- No Hospital Dr. João de Almada, pode apresentar as suas sugestões e/ou reclamações no Livro de Reclamações existente na receção. Sugerimos igualmente que deixe a sua mensagem no Livro disponível na UCP.
- Existe também a possibilidade dos utentes exporem as suas petições, sugestões, agradecimentos e reclamações no Balcão do Cidadão, localizado Rés-do-chão, junto à receção do Hospital Dr. Nélio Mendonça.
- Informaticamente no sítio do SESARAM, acedendo ao separador “Cidadão” entrando na área “Balcão do Cidadão” -> “Fale Connosco”
Inquérito de satisfação
A UCP avalia periodicamente os serviços prestados aos doentes e suas famílias, pelo que, no caso de ser utente deste serviço, agradecemos a sua colaboração no preenchimento deste inquérito.
Aceda ao inquérito de satisfação através do seguinte QRCode
Equipa de Apoio Psicossocial (EAPS) – Fundação “la Caixa”
Sobre a Fundação “la Caixa”
A Fundação ”la Caixa” é uma organização sem fins lucrativos que desde o início do século XX trabalha diariamente para conseguir uma sociedade mais igualitária, combatendo as desigualdades e promovendo o bem-estar da sociedade em geral e, em particular, das comunidades mais desfavorecidas. A Fundação ”la Caixa”, que em 2018 decidiu estender a sua atividade a Portugal, apoia projetos na área social, através de várias iniciativas destinadas a ajudar as pessoas que mais precisam, apoiando também a investigação e difusão da ciência, a educação e a cultura, tão importantes para o progresso da sociedade.
https://fundacaolacaixa.pt/pt/
Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas
O número de pessoas que enfrentam diariamente desafios pessoais e sociais que resultam da situação de fragilidade ou de dependência em que elas próprias ou os familiares se encontram está a aumentar, uma situação que tem vindo a agravar-se devido ao envelhecimento progressivo da população.
Na Fundação ”la Caixa” queremos impulsionar projetos que fomentem a vida independente, a autonomia e a qualidade de vida das pessoas com incapacidade e também daquelas que, por motivo de envelhecimento ou doença, sofrem a deterioração das suas capacidades e da sua saúde.
O Programa, que tem o aval da Organização Mundial de Saúde (OMS), complementa, em Portugal, a atuação do Governo para assegurar o apoio integral a pessoas com doenças avançadas e seus familiares em Portugal.
O Programa:
Oferece apoio integral proporcionando um acompanhamento personalizado emocional, social e espiritual a pessoas com doenças avançadas e às suas famílias, que melhora a sua qualidade de vida.
Sensibiliza a sociedade para que saiba o que os cuidados paliativos são e entenda as especificidades do fim da vida.
Impulsiona novas vias de atuação no âmbito dos cuidados paliativos.
EAPS-SESARAM
Conscientes que a RCP não disponha de capacidade para dar resposta, a nível psicossocial, às solicitações dos doentes e familiares/cuidadores, o SESARAM através da equipa da RCP apresentou candidatura, em 2018, ao concurso Equipas de Apoio Psicossocial integrado no Programa de Atenção Integral a Pessoas com Doenças Avançadas da Fundação "la Caixa". Este concurso tinha por objectivo a selecção de diferentes entidades, em Portugal, para constituição de EAPS, financiadas pela Fundação “la Caixa”
A candidatura apresentada pelo SESARAM, EPERAM foi uma das seleccionadas, entre as várias propostas em concurso a nível nacional. Foram, assim, reconhecidas dez candidaturas para passar à fase seguinte, a do processo de constituição de EAPS.
Em Outubro de 2018, o SESARAM, EPERAM apresentou publicamente a EAPS-SESARAM, constituída por dois assistentes sociais e dois psicólogos, integrados na RCP, iniciando intervenção e acompanhamento a doentes paliativos e seus familiares/cuidadores. A atuação desta equipa visa intervir ao nível das necessidades psicossociais, espirituais e garantir igualmente apoio no processo de luto. Contribui para uma melhor adaptação e gestão emocional face à doença, sua evolução e impatos, bem como ao nível da melhoria das condições de vida, no acesso a direitos e respostas sociais face ao contexto de doença e dependência. Esta equipa desenvolve a sua atuação de modo a garantir que esta resposta possa abranger um maior número de doentes e familiares/cuidadores na RAM, enquanto direito humano.
Constituição da EAPS
Diretor Técnico da EAPS – Milton Alves (assistente social da Rede Regional de Cuidados Paliativos)
- Equipa domiciliária: um assistente social e um psicólogo;
- Equipa intra-hospitalar: um assistente social e um psicólogo;
- Intervenção em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas: um psicólogo;
Áreas de Intervenção, população-alvo e Equipas Recetoras
Áreas de Intervenção:
A EAPS, integrada na Rede de Cuidados Paliativos, intervém em várias áreas, desenvolvendo esta atuação em cinco principais eixos:
Apoio psicossocial
Oferece um modelo de apoio psicossocial que tem por objetivo melhorar os cuidados prestados e ajudar os doentes e as suas famílias a enfrentarem a doença.
Apoio espiritual
Integra aspetos espirituais que permitem aos doentes e aos seus familiares enfrentarem serenamente a etapa final da vida, com o respeito pelas crenças e convicções de cada um.
Apoio no luto
Apoio a pessoas envolvidas na perda de um ente querido que o necessitem ou solicitem.
Apoio aos profissionais
Apoio específico aos profissionais de saúde no âmbito da comunicação em situações difíceis e gestão de stresse.
Voluntariado
A participação de voluntários e a sua integração nas equipas complementa o modelo de apoio psicossocial e acrescenta valor humano. Através do acompanhamento, o voluntário responde às necessidades do doente e dos seus familiares.
https://fundacaolacaixa.pt/pt/programas-sociais/apoio-integral-a-pessoas-com-doencas-avancadas/concurso-equipas-de-apoio-psicossocial
População-alvo
- Pessoas com 18 ou mais anos;
- Portadoras de patologia oncológica e não oncológica;
- Residentes nos concelhos - Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Ponta do Sol, Ribeira Brava, Santana, Santa Cruz e São Vicente;
- Doentes internados nos Serviços Hospitalares: Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastroenterologia, Ginecologia, Hemato-oncologia, Medicina Interna, Nefrologia, Neurocirurgia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Urologia, Unidades de Internamento de Longa Duração (UILD) do Hospital Dr. João de Almada, Santana e São Vicente.
Equipas Recetoras (ER)
São Serviços/Unidades Clínicas do SESARAM, EPERAM, em contexto domiciliário e hospitalar, onde os profissionais da EAPS realizam intervenção. Trata-se de um processo dinâmico, sendo objectivo alargar esta intervenção a todos os serviços, garantindo maior acessibilidade aos doentes e seus familiares/cuidadores.
Equipa domiciliária da RCP – Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Ponta do Sol, Ribeira Brava, Santana, Santa Cruz e São Vicente.
Equipa Intra-Hospitalar – Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastroenterologia, Ginecologia, Hemato-oncologia, Medicina Interna, Nefrologia, Neurocirurgia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Urologia, Unidades de Internamento de Longa Duração (UILD) do Hospital Dr. João de Almada, Santana e São Vicente.
Horário e Escala de Prevenção
- Segunda a Sexta-feira: 9h às 18h
- Sábado: 9h às 18h (16h às 18h prevenção)
- Domingo e Feriado: 8h às 18h (prevenção)
Contatos
A EAPS tem como sede o Hospital Dr. João de Almada – Sítio da Quinta de Santana - 9050-535 Funchal;
- Telefone: 291 780 300 – Ext. 5008 ou 5022;
- Telemóvel – 969 773 072;
- Email: eaps@sesaram.pt;
Caso pretenda contatar a EAPS a fim de solicitar acompanhamento para si ou para um familiar/pessoa conhecida ou pretenda esclarecimento de alguma questão, poderá utilizar os contactos aqui apresentados.