Rastreio do Cancro da Mama

De segunda a sexta, das 9h00 às 19h00, sem interrupção para almoço.

O Programa de Rastreio do Cancro da Mama da RAM propõe-se detectar o cancro da mama em mulheres entre os 45 e os 74 anos, assintomáticas, com risco intermédio, através de mamografia em duas incidências a cada mama.

Para tal, convida, por Concelho / Freguesia e por ordem alfabética, as mulheres da RAM inscritas no Centro de Saúde a participar, gratuitamente, através da realização de mamografia bilateral com intervalos a rondar os dois anos. O convite será feito por SMS, e-mail ou por carta na falta dos anteriores.

As mamografias serão efectuadas no Centro Coordenador do Rastreio que se encontra instalado no 1.º andar do Centro Dr. Agostinho Cardoso, no Funchal, ou numa das Unidades Móveis que estará estacionada no local especificado no postal-convite. Previamente é efectuado um inquérito, de resposta obrigatória.

As mamografias serão analisadas por médicos radiologistas.

O resultado será comunicado, por SMS, e-mail ou por carta na falta dos anteriores, decorrido o espaço de um a dois meses.

Algumas utentes serão convocadas para Consulta de Aferição (com um médico radiologista) no Centro Coordenador. A convocatória é feita por SMS, e-mail ou por carta na falta dos anteriores e por telefone:

• Na convocatória consta o local, o dia e a hora da Consulta de Aferição e serão especificadas outras informações (nomeadamente serem portadoras de exames anteriores ou a necessidade de realizar incidências adicionais para a referida consulta);
• Por telefone, para confirmar a comparência.

Nesta Consulta de Aferição será decidido o resultado que poderá ser:

• Voltar ao Rastreio
• Fazer controlo (em nova Consulta de Aferição)
• Encaminhamento hospitalar

Se no intervalo entre rastreios, a mulher apresentar alguma modificação mamária, deverá consultar o seu médico assistente com a maior brevidade. Não deve aguardar pela mamografia de Rastreio.

Se tiver risco familiar ou pessoal aumentado, os intervalos de mamografia definidos no Programa de Rastreio do Cancro da Mama podem ser insuficientes, pelo que poderá ser proposta vigilância personalizada.

De acordo com o acima, a utente compromete-se a respeitar e a aceitar as condições e procedimentos:

1. Ter critérios de inclusão: idade compreendida entre 45 e 74 anos, não ter tido cancro da mama, não ser portadora de próteses mamárias, não ter realizado mamografia há menos de 6 meses;
2. Respeitar as informações constantes das diversas comunicações (postal-convite, convocatória para Consulta de Aferição, ser portadora de exames prévios, ou outras especificadas);
3. Prestar informações correctas;
4. Respeitar os tempos de espera para obtenção dos resultados;
5. Comparecer às consultas de Aferição, sob o risco de ser excluída do Programa de Rastreio do Cancro da Mama;
6. Que o respectivo processo (mamografias, ecografias, inquérito e demais documentação produzida no âmbito do rastreio) fique arquivado no Centro de Rastreio do Cancro da Mama, para seguimento da utente e para estudo epidemiológico.

O Centro de Rastreio do Cancro da Mama foi inaugurado a 22 de Abril de 1999, pelo Presidente do Governo Regional da Madeira, Dr. Alberto João Jardim, tendo iniciado oficialmente a sua actividade a 3 de Maio de 1999, na Rua das Hortas, provisoriamente.

Dispunha de dois equipamentos para a sua missão, um instalado na Unidade Móvel, que percorria a ilha e outro que estava colocado no Centro Coordenador do Rastreio. Este programa resultou de uma ideia que remonta a 1997 e foi o segundo programa do género a ser implementado em todo o País e Ilhas.

Em Dezembro de 2000, mudou-se para um novo espaço, criado de raiz, no 1.º andar do n.º 15 da Rua do Frigorífico.

Em 2010 foi adquirida uma nova Unidade Móvel, equipada com um digitalizador, dando início ao processo de modernização do Programa Regional de Rastreio do Cancro da Mama, com o intuito de proporcionar um serviço com maior qualidade à população.

Em 2016, prosseguindo com o processo de modernização do Programa Regional de Rastreio do Cancro da Mama, iniciado em 2010, foi adquirida uma nova Unidade Móvel, esta já equipada com um mamógrafo digital directo.

Em 2020, o Centro de Rastreio do Cancro da Mama foi transferido para o 1.º andar do Centro Dr. Agostinho Cardoso, dando início à ideia de reunir num único sítio a coordenação de todos os rastreios da RAM, os já no activo e os que irão ser implementados no futuro, no Centro de Rastreios da RAM, que foi oficialmente inaugurado em 10 de Março de 2021, pelo Presidente do Governo Regional da Madeira, Dr. Miguel Albuquerque.

Esta mudança coincidiu com a aquisição de dois novos mamógrafos de última geração. Um substituiu o que estava instalado na Unidade Móvel que foi adquirida em 2010, o outro equipado com tomossíntese, foi instalado nas nossas actuais instalações. Este processo de modernização veio permitir uma maior qualidade na realização das mamografias de rastreio, contribuindo desta forma para uma maior rapidez e segurança dos diagnósticos / resultados.

De forma muito sucinta o Rastreio do Cancro da Mama da RAM é um rastreio de base populacional, dirigido a mulheres assintomáticas, sem factores de risco relevantes e na faixa etária entre os 45 e os 69 anos. A estas mulheres, e após um inquérito dirigido (antecedentes pessoais, familiares, medicação hormonal, sinais e sintomas mamários, entre outros) realiza-se mamografia nas quatro incidências que posteriormente serão submetidas a uma dupla leitura independente por dois radiologistas. Os casos discordantes serão ainda submetidos a uma terceira leitura.

Em alguns casos de dúvida as mulheres serão convocadas para uma Consulta de Aferição, onde um dos Médicos Radiologistas fará a avaliação necessária para esclarecimento (anamnese, comparação com exames prévios, palpação, incidências adicionais, ecografia).

A Mamografia de Rastreio destina-se a mulheres assintomáticas, sem factores de risco familiar relevante e a Mamografia de Diagnóstico destina-se a mulheres sintomáticas, onde a mamografia será complementada por inspecção, palpação e muitas vezes também por ecografia mamária. As mulheres com risco familiar devem ter vigilância personalizada.

A equipa do Rastreio do Cancro da Mama é multidisciplinar, composta por Médicos, Técnicos Superiores, Técnicas Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, Assistentes Técnicas e Assistentes Operacionais. 

Com a substituição da Direcção do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia em Março de 2022, foi alterada a coordenação do Dr. Joaquim Vieira para o Dr. Luís Miguel Farinha.

Desde o dia 1 de Outubro de 2022 a Unidade de Rastreio do Cancro da Mama passou para a dependência direta do Diretor Clinico do SESARAM, Dr. Júlio Nóbrega, com a Coordenação da Dra. Mónica Armas.

Atividade

O Centro de Rastreio do Cancro da Mama (CRCM) é um serviço que oferece à população feminina um diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através de um programa organizado de rastreio, de base populacional. Para o desenvolvimento da sua actividade, possui um quadro de profissionais altamente qualificados e de equipamentos de elevada qualidade.

Missão

O rastreio do cancro da mama constitui um programa prioritário em termos da Comunidade Europeia e ainda é um dos principais mecanismos de prevenção do cancro da mama e de redução da taxa de mortalidade.
Apesar de não ser um dos mais letais, apresenta uma tendência crescente de mortalidade, sobretudo na mulher. Poucos são os factores de risco conhecidos, causadores de cancro da mama, pelo que se atribui à prevenção secundária, sob a forma de auto palpação, exame clínico e mamografia, uma importância acrescida.
O rastreio por mamografia, permitindo um diagnóstico mais precoce, ajuda a reduzir a mortalidade devido a cancro da mama, alcançando uma eficácia acrescida dos tratamentos com consequente redução da agressividade dos mesmos e aumentando, assim, as hipóteses de cura.
Desta forma, o Centro de Rastreio do Cancro da Mama tem como missão: promover a prevenção primária, o rastreio e o diagnóstico precoce, nomeadamente através de um programa organizado de rastreio, de base populacional; e de fomentar as actividades de vigilância epidemiológica de investigação, de melhoria da qualidade dos cuidados de saúde e da avaliação dos resultados da sua actividade.